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domingo, 26 de setembro de 2010

Estou aqui há quase 2 anos, e daí???



No momento cabeça fervilhando em ideias, sobre o assunto deste post. Quando resolvi que eu queria dar uma virada de 180 graus em minha vida, eu não tinha a  menor ideia do que teria pela frente, depois de quase 2 anos em Terras irlandesas, eu ja tenho. Vamos colocar assim, organizando as ideias: vou escrever sobre as minhas impressões, sobre intercâmbio lembrando que eu já sai do Brasil com anos de experiência profissional, com mais de 40 anos, solteiro. É a visão do cabeleireiro, não de um jornalista, porque longe de mim ter essa pretensão.
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E foi por isso que este Blog foi criado, para ser leve e contar de maneira despretenciosa o cotidiano de um jovem quarentão e suas experiências no exterior para ajudar vc intercambista, que acompanhando meu Blog, pode ter uma idéia, do que é largar tudo e todos para trás e se aventurar pela Europa.
 E foi exatamente assim, que tudo começou em novembro de 2008. Existem na internet diversos Blogs de brasileiros, que vieram para cá, em suas diferentes idades, profissões, situações e em busca de seus sonhos e descobertas. Este é o meu ponto de vista, vc leitor, blogueiro pode concordar ou não,com os relatos e causos a seguir.Descobri também que o Irlanda Colorida, serve de link e de cartilha para diversos seguidores "coloridos brasileiros" jovens e maduros, tamanha a quantidade de e-mails que recebo me perguntando, sobre coisas que só a gentchê "entende".
Da mesma maneira, que devem fazê-lo aos blogueiros, que vieram para cá, se casaram com irlandeses (as), tiveram filhos e têm o seu ponto vista relatado em seus respectivos blogs. Na medida do possível, respondo à todos, esclarecendo como é viver aqui e como eu me encontrei na minha profissão trabalhando com outra cultura e com outros métodos de trabalho.
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Ás vezes recebo mensagens de leitores, me desejando melhoras, pela situação que passei em agosto ultimo, sem ao menos nunca ter visto ou conhecido essas pessoas, e que estão pensando em vir para cá ou acabaram de chegar aqui.É muito bom receber este carinho e o Blog me proporciona isto.Esse contato.É claro que não posso deixar de agradecer os brasileiros que estão vivendo aqui, neste mesmo barco, em situações diferentes: solteiros,casados, com ou sem filhos, morando com irlandeses ou com outros brasileiros. Como eu sempre digo: venha para cá, construir a sua estória...a minha está escancarada aqui no Blog.
Me perguntarm outro dia em um e-mail: vc faria tudo de novo? Viria para a Europa novamente estudar e trabalhar e largar tudo no Brasil? Bem, agora que ja passou este tempo, eu posso dizer que: SIM. Mas eu acho que se vc que está pensando em vir para aprender inglês, vc pode fazer isso ai mesmo no Brasil. Faça um bom curso de inglês, se dedique nos estudos, é claro que em uma boa escola de idiomas, vc não precisaria passar por tudo isso longe da familia, dos amigos, do gato,do cachorro, ou da tartaruga de estimação, gastando com certeza muito menos. Já sei: mas... e as experiências de vida, as viagens, as pessoas fantasticas ou nem tanto, que se conhece em um intercãmbio, não vale a pena? Brasileiro bom ou filho da p...tem em todo lugar, aqui e no Brasil.
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Eu não vim aprender inglês aqui, eu vim aperfeiçoar, é bem diferente. Meu principal objetivo está sendo atingido: Viajar, viajar e viajar. Conhecer lugares, que a gente vê nos filmes, e só passa a ter certeza que realmente existem aqui no hemisfério norte, quando se toca na Torre Eifel ou fotografa no Coliseo em Roma, por exemplo. Quando se vive, e mora muito tempo em um mesmo lugar, vc fica imaginando, como é a sensação de ver de perto,  ou sentir o lugar, no momento que conhece um monumento histórico ou  viver em uma cidade, que é 500 anos mais velha que o próprio Brasil, que é o caso de Dublin.

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Então funciona assim: aqui vc vai morar com pessoas que nunca viu na sua vida e tentar ter um bom convívio com elas, porque nem sempre é fácil, ainda mais na idade em que me encontro. Não, eu não sou baladeiro, ao contrário do que muitos pensam, programa divertido para mim no Brasil, era um bom jantar entre amigos, dividir uma vasilha de pipoca vendo um novo filme, ou comentando sobre as situações de trabalho durante a semana, ou um churrasco em sitio ou pesqueiro nos fins de semnaa, ou até memso uma esticadinha até as maravilhosas praias do litoral norte ou um bom domingo em sampa, comprando produtos e novidades para o salão de cabeleireiros no Brasil, ou vendo uma peça famosa de teatro em cartaz, tudo entre amigos...e é disso que eu sinto falta: dos "meus" amigos, aqueles que me conhecem só no olhar, ou brincam dizendo: já sei está semana vc está com "ARGH" de alguém ou de alguma coisa que esta te incomodando...sim eles me conhecem a fundo...não, no sentido sexual...tira este sorriso do rosto já...rrsrssrsrsrsrsrsr.


Tá...eu também sinto falta das baguncinhas de fim de semana, movidas a whisky e vodka e balada gay e final de noite, tudo junto misturado, entre os babados e lençois...Aqui, até isto é diferente. Aqui num tem Motel...rsrsrsrsrsrsrs... tá, sou solteiro, mas não sou puritano. E a cama onde eu durmo, não é para isto. Se eu começar a detalhar o que sinto falta, vai dar um outro post...aliás aguardem em breve, o post: descascando o abacaxi "Irlanda".  

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Eu sinto muita falta dos meus amigos, e amigas de trabalho (nusss...bem Silvio Santos) rsrsrsrsrsrsrsr. Sinto falta do convívio profissional e do clima descontráido e alegre de um salão de cabeleireiros brasileiro, porque lá a gente pode falar e rir em um mesmo idioma, porque todo mundo se entende e todo mundo sabe das piadas internas (Bruna), vai tentar explicar e rir de alguma coisa trabalhando com irlandêss ou polonês (impossivel) ...não tem a menor graça, não dá nem para "tirar sarro", porque não tem quem entenda o seu idioma...é um saco...as vezes me pego, em mais de meia hora contando pro Marquinhos ou Pedrinho ( excelentes cabeleireiros) os causos do salão daqui, ao telefone, burlando os olhares de reprovação do manager do salão...ai sim...eu me encontro e me divirto. Mas lembrando, que eu trabalho na minha area, o que não é comum aqui na Irlanda: dado os diversos brasileiros engenheiros, arquitetos e programadores que conheço e estão aqui, trabalhando como cleaner (faxineiros), ou entregando jornais nas ruas de Dublin, sem tirar o mérito de seus valores e de suas profissões.
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Estou perdendo o fio da miada...nossa tô tagarela hoje...rsrsrsrsrsrsrssrr
Nos próximos posts também, vou relatar: das coisas que eu mais gosto e as que eu não gosto, morando aqui na Irlanda, para vc profissional da area saber o que se passa aqui em Dublin, nos salões e na cidade. Tá vai ser um post cheio de reclamações...sim, porque nem tudo são um mar de rosas, morando e vivendo no exterior...eu diria que se viesse apenas para conhecer a Europa, as cidades, e voltasse para o Brasil, eu teria feito mais negócio, porque a saudade do nosso país, é imensa. Das coisas que só eu sei...das coisas que sinto falta...
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Babado e Confusão: breaking news


Uma jovem grávida do Rio diz ter sido agredida pelo serviço de imigração da Irlanda ao tentar entrar no país.
Segundo o telejornal "Bom Dia Rio", da TV Globo, Thais da Silva Guimarães se matriculou num curso de inglês de três meses na Europa.
 A mãe resolveu acompanhá-la na viagem por causa da gravidez da filha.
Ao chegar à Irlanda, de acordo com Thais, a imigração ligou para a pessoa que a hospedaria, que disse achar estranho o fato de a mãe acompanhar a jovem grávida e que nunca havia recebido alguém assim.
Mãe e filha disseram que passaram a noite detidas em delegacias diferentes e ficaram por mais de 12 horas sem comer. Um médico foi chamado para atender a jovem e ofereceu um remédio contraindicado para mulheres grávidas.
Ao voltar ao aeroporto no dia seguinte, Thais pediu para ligar para o consulado brasileiro no país, mas diz que foi agredida. "A mulher me puxando pelos cabelos e outros dois caras me pegando pelo braço até me jogar dentro do camburão", contou ao telejornal.
A família de Thais no Brasil ficou quatro dias sem informações dela. Ao voltar para o Rio, a jovem  foi às polícias Federal e Civil e fez exame de corpo de delito para comprovar as agressões da imigração irlandesa.
Triste notícia: infelizmente, nem tudo sai como planejamos... 

fonte: UOL e Globo.com




domingo, 12 de setembro de 2010

Pessoas...



Num dia desses eu disse a uma pessoa, não desista! E ela não me deu ouvidos...Eu não me considero modelo para ninguém, mas mesmo assim posto aqui minhas experiências na esperança de que alguém me conteste dizendo que estou errado ou me mostre um exemplo melhor.Desafios me encantam e normalmente não tenho medo de dificuldades. Dificuldades existem para serem ultrapassadas. Se existir uma dificuldade impossível já sai do conceito "dificuldade" e passa a ser considerada FATO.
Não tenho o costume de desistir fácil de nada! Quando me empenho em qualquer coisa vou até o fim (ou o meu fim! rsrs). O fato é que: ou a dificuldade é vencida ou eu sou vencido, mas os dois não ficam em pé ao mesmo tempo!
Acredito ser esta uma postura legal (por isto a defendo neste momento). Não desisto das pessoas, exceto se as pessoas desistirem, porque para haver qualquer relacionamento é necessário a aceitação e a interatividade de ambas as partes. Mas mesmo quando as pessoas desistem eu fico em "stand-by", ou seja, pronto para voltar a ativa ao menor sinal. Ou seja, só estou dando um tempo...
Desistir de pessoas, é tentar se colocar no lugar delas e tentar ver o mundo, pela ótica da coerência e do bom senso...nem sempre dá. As pessoas tem suas vidas, seus relacionamentos, e aqui na Irlanda, todo mundo parece que conhece todo mundo, apenas pelo fato de estar e viver aqui, mas a verdade não é bem assim...por várias vezes, já me perguntei: quem é essa gente?  Eu não conheço ninguém, da minha infância e com os meus valores...nem mesmo somos do mesmo estado no Brasil. Não acredito nas desuniões calcadas no desequilíbrio. Com isto nunca me afasto de ninguém enquanto há problemas. Ou seja, se tiver problemas comigo saiba que irá me ver por perto por muito tempo (rsrsrsrs). A desunião ideal é aquela que ocorre naturalmente. É como aquela perda natural de contato com aquele amigo querido. Não houve nenhum problema para que isto acontecesse. Permitam-me discordar desta frase pois acredito que na vida existem momentos para arriscar, momentos para esperar e momentos para desistir. E o mais difícil é descobrirmos, pior ainda, aceitarmos que chegou o momento em que temos de desistir de algo ou de alguém. Seja ela um amor, uma amizade ou um conhecido "irlandês". Aqui coloco-me a questão se realmente devemos desistir de uma pessoa. Contudo não sou santo nem perfeito e acredito que só desistem de mim quando eu já me excedi por demasiadas vezes ou porque eu próprio desisti das pessoas. E foi raro, é muito raro desistir de alguém. Já pensaram como podemos aprender com os outros? Já pensaram no enorme tesouro que é termos alguém do nosso lado que nos puxa quando nos afundamos, que nos empurra quando ficamos para trás, que nos enxugam as lágrimas quando precisamos chorar? Já pensaram como é inqualificável o valor de alguém que, contra tudo e todos, acredita em nós, luta por nós e nos defende? Isto é o sinônimo de alguém que nos ama, de um verdadeiro amigo, de uma familiar a quem podemos realmente chamar de tal. Pelo menos para mim!
E foi exatamente isso que senti, essa semana, quando comemorei meus 44 anos, agora com dois nascimentos: um dia 9 de setembro de 1966 e outro mais recente dia 08 de agosto de 2010.Agora comemoro o aniversário irlandês também.
Sinto-me mais maduro e renovado a cada dia que passa. Talvez, precisemos mesmo passar por situações complicadas para passar a valorizar mais o sentido dos pequenos gestos. Talvez, seja necessário momentos assim para conhecer o verdadeiro olhar das pessoas, sem as suas máscaras...irlandesas...