Eu queria tentar entender, porque cargas d'agua a gente tem o péssimo costume de entrar no banheiro falando ao celular? ...Tchibummmmmmmmmmmmmmmm...ainda bem que "era" só o número "1". Começa a gritaria no banheiro (está imaginando a cena? e sorrindo? ...já aconteceu com vc né???)...Levantei cedo hoje e levei o pobre coitado do meu super ultramega touchscreen mobile para "reparar" na Vodafone.
Estou na fila e ouço dois brasileiros contando um "causo", desses bem cabeludo. Dei um jeitinho jornalístico de me inteirar do assunto e vou contar pra vcs agora. Eu não conheço os protagonistas, mas mesmo assim, por motivos óbvios, seus nomes foram trocados.
João é um brasileiro casado com Maria, pai de Pedrinho de 7 anos. João veio há uns 4 anos para a Irlanda, tentar a sorte e se deu bem, porque na época ainda era muito bom fazer intercâmbio e juntar algum. Tudo certo com João, resolveu dezembro de 2009, trazer a esposa Maria e o filho, para Dublin. Devido sua condição favorável, alugou um apartamento em Tallagh para morar com a família. João estudava e trabalhava como garçon e a esposa, recém chegada, conseguira um emprego de cleaner, conciliando com seus estudos. Tudo na lei, na legalização. O pequeno Pedrinho, matriculado em uma escola publica irlandesa, onde estudava no período da manhã. A felicidade do casal, infelizmente não durou muito aqui. Fim de abril deste ano, o casal foi pego de surpresa pela Garda, em seus respectivos locais de trabalho. No condomínio onde moram, houve um roubo e os policiais estavam em busca dos ladrões pela vizinhança, fazendo uma busca em todos os apartamentos do prédio, encontrando o pequeno Pedrinho "sozinho" em casa,depois que retornou da escola.
No ato, foram chamados o pessoal da vara da infância e da juventude, que autuou o casal de brasileiros, por deixar um menor em casa, sem os cuidados de um adulto, porque aqui é Lei, e ela funciona. Por isso a profissão de aupair aqui na Irlanda, apesar de não ser bem remunerada, é muito concorrida entre as famílias irlandesas. O casal foi levado para a corte, julgado e teve seus passaportes confiscados e infelizmente, foram "convidados" a se retirar do país, até o dia 28 de maio próximo. Eu não postei essa matéria com um troféu ou coisa semelhante, apenas para servir de alerta para os futuros papais e mamães brasileiros, poloneses, russos, maurícios, espanhóis, ingleses,enfim...para orientar e precaver qualquer mal-entendido com as leis da Irlanda. Que João, Maria e Pedrinho encontrem a tão felicidade sonhada, mesmo voltando para o nosso querido, Brasil.
6 comentários:
nossa,apesar de ser triste, é bom saber q a lei funciona, e realmente, criança sozinha é um perigo!
"De volta pra minha terra"... que susto que levei ao ler o enunciado... fiquei cogitando que seria o seu retorno pro Brasil...rs
João - Maria e Pedrinho que foram os protagonistas... e daqui uns dias daram "tchauuuu Marta"... adeus Irlanda...rsrsrsrs
Pra essa história ter um final feliz... esqueceram do GUGU e a equipe do SBT.
Que o povo ria e fique mais esperto depois de ler essa.
#ficaadica
Bjs Pam, abração!!!
Bjs Wagner
Ai caramba! Que situação , né?
Outro dia conversando com uma brasileira, ela me disse que era hábito não só a filha ficar sozinha em casa, a garota voltava da escola sozinha também.
Quem somos nós para julgar, mas foi pensando nisso que eu pensei bem antes de trazer meu filho, porque afinal não é justo tirar uma criança que tem todo um conforto no Brasil pra passar perrengue e ficar a maior parte do tempo sozinha na Irlanda.
Massss cada um sabe onde o calo aperta, né?
beijos, se cuida. :)
É a segunda vez que vc conta história desse tipo. Sinal de que nossos compatriotas precisam ter mais atenção às leis daqui. Toda sorte do mundo à família que regressa...
abs
o brasileiro, como eu também, ja pensei em levar vantagem, ou pelo menos achar...que esta levando vantagem em alguma situação...a gente vive no brasil pensando nisso, por lá se mata 1 leão por dia para sobreviver...é a lei da selva...aqui a gente esquece, que quase estamos nas portas da civilização...
Tenho dois filhos com diferença de
22 anos.
O primeiro deixei sózinho desde os
9 anos.E por 12 anos.
Precisava trabalhar,o meu salário
era fundamental em casa.
Para piorar morávamos no sétimo
andar.
De uns tempos para cá,não gosto
nem de lembrar.
Penso no que poderia ter
acontecido.
Cça. é cça. Imprevisível.
Se arrependimento matasse...
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