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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Tratado de Lisboa



O Tratado de Lisboa, assinado pelos Chefes de Estado e de Governo dos 27 países Membros da União Européia, na capital portuguesa em 13 de Dezembro de 2007, dotou a União Europeia de instituições modernas e de métodos de trabalho eficientes que lhe permitirão dar uma resposta efectiva aos desafios actuais. Num mundo em rápida mutação, os europeus contam com a União Europeia para tratar de questões como a globalização, as alterações climáticas, a segurança e a energia. O Tratado de Lisboa irá reforçar a democracia na União Europeia e melhorar a sua capacidade de defender os interesses dos seus cidadãos no dia a dia.
O governo irlandês admitiu a vitória do "não" no primeiro referendo sobre a aprovação do Tratado de Lisboa, que propõe uma série de reformas dentro da União Européia. Com isso, a Irlanda passa uma rasteira na Europa e pode jogar fora um trabalho de anos de negociações.
O "não" irlandês "foi um golpe duro para a UE, que precisava da reforma". As mudanças prevêem a criação de um cargo fixo de presidente, com maior duração e uma Comissão Européia muito mais enxuta e mais ativa. Além disso, a medida foi vista com "grande ressentimento pelo restante da Europa". "A Irlanda foi beneficiária líquida das transferências de fundo da UE. Quando ela se associou à UE, a Irlanda era um dos países mais atrasados do bloco. Agora que seria a hora de a Irlanda contribuir, eles fazem isso. Os irlandeses votaram "não" no primeiro referendo por temerem uma série de coisas, como o fim das restrições ao aborto e mudanças na política agrícola. "A Irlanda é a quarta produtora de carne do mundo, são eles que fazem todas essas manobras para vetar, inclusive a entrada da carne brasileira na Europa".
O Primeiro-Ministro irlandês, Brian Cowen, anunciou oficialmente que o segundo referendo sobre o Tratado de Lisboa se realizará em 2 de Outubro de 2009. O Governo irlandês publicou também um Livro Branco onde explica as alterações que a entrada em vigor do Tratado introduzirá no funcionamento da UE, bem como as garantias juridicamente vinculativas obtidas pela Irlanda. Esta iniciativa deverá contribuir para tornar o Tratado mais claro e mais concreto.
Após décadas de conflitos que ceifaram milhões de vidas, a fundação da União Europeia (UE) assinalou o início de uma nova era em que os países europeus resolvem os seus problemas negociando, e não guerreando. Hoje em dia os membros da UE beneficiam de numerosas vantagens. Porém, as regras em vigor foram concebidas para uma UE muito mais pequena e para uma UE que não tinha de se confrontar com desafios globais como as alterações climáticas, uma recessão global ou a criminalidade transfronteiriça internacional. A UE tem potencialidades para resolver estes problemas, mas só o poderá fazer melhorando o seu funcionamento. É este o objectivo do Tratado de Lisboa: tornar a UE mais democrática, eficiente e transparente, permitir que os cidadãos e os parlamentos prestem um contributo mais decisivo para o que se passa a nível europeu e dar à Europa uma voz mais clara e mais forte no mundo, protegendo simultaneamente os interesses nacionais. Se o povo irlandês definitivamente, optar pela não ratificação (aprovação) do Tratado de Lisboa, muitas empresas européias que injetam dinheiro aqui, com certeza irão procurar outros mercados na Europa, podendo assim afetar a economia da Irlanda, bem como os empregos e piorar a atual recessão. Resumindo: a cobra vai fumar por aqui em novembro...Se ficar o bicho pega...se correr o bicho... papa...E vc?...tem noção de como isto poderá afetar sua vida aqui na Irlanda? Essa é pra pensar...
Atualização:
Os eleitores irlandeses aprovaram o Tratado de Lisboa no referendo de ontem, com 67.1% dos votos a favor. A confirmação oficial é do Primeiro-ministro irlandês quando ainda se contam os votos.
Brian Cowen afirma que “o povo irlandês respondeu sem dúvidas e a uma só voz. Hoje é um bom dia para a Irlanda e um bom dia para a Europa. Como Nação decidimos dar um passo em frente para uma melhor e mais forte e justa Irlanda e para uma melhor, forte e justa Europa”.
“Hoje dissemos aos outros países da Europa que estamos com eles, para a partir de hoje caminharmos lado a lado. Fazemos isto porque sabemos que todos juntos somos melhores e mais fortes”, acrescenta.
fonte: Stevan Bertozzo, repórter por 1 dia, do Irlanda Colorida

1 comentários:

Anônimo disse...

Entao, queria muito que o SIM ganhasse, mas vou te dizer, ja leu o folheto do nao ou viu algum video? A galera do nao convence... So deus sabe o que sera da irlanda, mas estou com o povo que acha que a Irlanda nao tem como ser expulsa da Uniao Europeia. Acredito que nao va interferir em nada nas nossas vida. Mas o que vai realmente acontecer só mesmo esperando cenas do proximo capitulo! Estou ansiosa pra saber...
Bjs, thais