"Tem coisas que o coração só fala... para quem sabe escutar"
Todos os dias eu acordo, e as vezes sofro de enjôo matinal. Acordo bem, mas assim que saio pela porta afora, fico indisposto.
Indisposto para lidar com os devaneios da cidade, das pessoas, dos lugares. Fico indisposto com as caras sisudas das pessoas nas ruas, nos ônibus logo de manhã. Será que estou envelhecendo e ficando ranzinza também? Mas uma manhã destas, não acordo. Sonho uma manhã diferente, tratada com Photoshop, onde o cinza por aqui, dá lugar a um azul indescritível, soberbo e tranquilo. Sonho com sorrisos contagiantes, sem filas, sem trânsito e pessoas felizes à trabalhar. Cruzar as ruas dublinenses e dizer em um bom inglês: Good Morning e receber de volta, o melhor sorriso possível. O dia perfeito.
Mas de repente eu acordo, chove lá fora, dia cinzento...Aí me levanto e saio de casa bem, mas mesmo assim porta afora, fico indisposto...
As vezes não tenho o que escrever, o que postar...e eu ja parei. Não estou competindo com ninguém. Chega. De hoje em diante, escrevo para meu bem estar, quando e o que desejar.
Nunca gostei de escrever, não era meu Hobby preferido. Tenho uma certa dificuldade em lidar com as palavras, de coordená-las em forma de texto. E imagine escrever direto do teclado? É estranho, mas as vezes preciso do papel e da caneta, para sentir as palavras, sentir o peso que elas impõem, quando escritas com a minha caligrafia redonda e suave. Juro que no início as palavras não fluíam no teclado. Eu precisava escrevê-las para sentir a forma também. Eu preciso do papel e da caneta para fixá-las...isso que eu preciso e não tenho remorso com isso. Fico imaginando se as outras pessoas são assim também? Será o fim da escrita manual? Espero que não! Tenho um certo receio...e-mails agora substituem as cartas ... recados apaixonados, de amizade...se dissolvem nas páginas dos orkuts e facebooks da vida. O formato da escrita digital veio para ficar, mas não deixemos... as palavras morrerem, o papel, a caneta desaparecerem... as palavras vêm do coração, da alma...é forma primitiva...
10 comentários:
Querido Wagner,
Você ja' e' um escritor !
Eu sou jornalista, é uma profissão nobre ou não, como qualquer outra, dependendo do uso que se faz dela, da ética de cada um.
Ja' para ser um escritor não existe faculdade, não existe curso, você simplesmente vira escritor. Assim, do dia para a noite. Num estalar de dedos.
Você não se preocupou se os seus primeiros textos eram um primor, certo? O principal foi que você continuou tentando, insistindo.
As sementes que você plantou, ja' estão a germinar e você nem deu conta....
Obrigado, Lucia...
Companheiro, tomara que vc tenha sempre mais dias bons do que ruins, independentemente da cor do céu ou do humor dos cretinos miseráveis que andam de cara feia por aí... hehehe. abracao
Ah, Wagner...
Que post tão cheio de tristeza!
As cores moram em você, sabia? Mas todas elas, e isso inclui as cinzas, as beges e a flict! (Lembra dessa? É do Ziraldo!) Espero a fase das cores tristes passe logo, e que os seus olhos voltem a ver as suas cores maravilhosas e que elas iluminem o nosso dia-a-dia, independente da localização geográfica!
Falando sobre escrita, eu perdi quase que completamente a habilidade de escrever com papel e caneta! Fiquei preguiçosa... hahaha
Fora que a minha letra é horrível...
Um beijo!
PRI..Lemos...obrigado mesmo..mas as vezes a gente acorda....com enjoô matinal..huahauhauhuahuhuahuaha
Eu vivo fazendo essas reflexões, principalmente na Tpm, mas depois passa, ou , eu faço a minha parte para salvar os manuscritos da extinção e escrevo uma carta, bem bonita, enfeitada e perfumada para alguém importante.
Quanto ao blog, atualizações diárias só mesmo para pessoas que ou ganham dinheiro com ele ou as que tem tempo sobrando (que é o meu caso), portanto não se sinta na obrigação de escrever todos os dias, escreva quando tiver vontade, o segredo está no meio.
beijos
Karine...vc disse tudo. Obrigado
Um dia quando eu estava em Dublin em Janeiro, e já p voltar p casa, liguei p vc, perguntando se cortasse meu cabelo, mas como eu estava do outro lado da cidade, eu disse q ñ poderia ir até o outro lado da cidade pois morava longe, e não saberia chegar...por mais escuro que estivesse aquele inverno vc me tratou tão bem no telefone, que parecia estar muito feliz, mas q esse momento obscuro deve ser somente um momento rapido, como o mêtro da cidade LUAS bate e volta...
voltei p Brasil sem cortar cabelo, mas valeu, adoro o seu blog q me ajudou muito..
Parabénsss
Pôxa Bruno...que pena que não deu pra vc vir ou ficar mais tempo em Dublin...a vida é assim mesmo...a gente nunca sabe o dia de amanha...a gente tenta..abração e sucesso pra vc , ai na terrinha.
Querido, eu qdo faço um trabalho grande para faculdade ou algo assim, escrevo no papel. Nao consigo jogar minhas ideias direto no teclado. Pode parecer tosco, mas sou assim... rs... Parece que se vou digitar a monografia as ideias vao sumindo no caminho. E da-lhe fazer no papel e dps digitar tudo... é a vida! rs. Bjss
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