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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A Rainha do Adriático, VENEZA


Veneza, a Rainha do Adriático, é uma cidade e um porto do Nordeste da Itália, situada na região do Veneto. Possui uma população de 265 500 habitantes (2004).
A cidade está assentada em 120 ilhas e é servida por 177 canais na lagoa entre as bocas dos rios Pó e Piave, no extremo norte do mar Adriático. As ilhas sobre as quais foi construída a cidade de Veneza têm cerca de 400 pontes e a sua principal via de comunicação é o Grande Canal, com aproximadamente três quilômetros.
A Veneza dos nossos dias confronta-se com vários problemas: perda da população para outras áreas geográficas, perigo de inundações, agravado pela poluição da água e do ar, e a sua avançada idade. Após as devastadoras cheias de 1966, a comunidade internacional conjugou esforços, através da UNESCO (Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas), para preservar a cidade de Veneza, reconhecida como uma das mais belas cidades do Mundo, que inequivocamente constitui um valioso patrimônio da Humanidade.

Estação de Trem Santa Lucia, na parte central da Ilha.


Veneza na verdade é um conjunto de ilhas e sobre elas é que a cidade foi construída. Mas a medida que a cidade foi crescendo foi-se aterrando o mar, ou com as técnicas rudimentares como palaflitas
Tudo começou no ano 452, quando habitantes do nordeste italiano se refugiaram nas ilhas de uma grande lagoa de água doce, à beira do Mar Adriático, para escapar das invasões bárbaras que puseram fim ao Império Romano. Nesse local, parte de uma região chamada Veneto, havia 120 ilhotas, cortadas por 177 canais, e os primeiros moradores ocuparam justamente as áreas secas, de terra firme. Quando as ilhas já estavam completamente tomadas, a cidade começou a avançar sobre as águas. Foram construídas passarelas suspensas ao lado das fachadas e 40 canais deixaram de existir, conforme os moradores foram construindo anexos às suas casas. Os aterros tornaram-se comuns, com os canais ficando cada vez mais estreitos, à medida que a cidade crescia. O crescimento desordenado em aterros revelou-se, inclusive, responsável pelo maior problema que a cidade enfrenta hoje: as enchentes.
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Essa etapa inicial de construção foi excepcionalmente lenta, devido à dificuldade em firmar fundações em solo tão instável; à escassez de materiais de construção, trazidos de longe; e à incapacidade de manter os trabalhadores fixos nas obras em circunstâncias tão desfavoráveis. No princípio, a cidade foi toda edificada em madeira, com as fundações das casas fincadas entre 2 a 5 metros de profundidade. Alguns séculos depois, as pedras passaram a ser o principal material de construção, utilizadas também, a partir do século X, para forrar as margens dos canais. Essa medida foi especialmente útil para dar maior estabilidade às fundações das casas e facilitar o embarque e o desembarque nos barcos. Até então, esse era o único meio de transporte da população e quase não havia pontes. As raras existentes eram apenas tábuas suspensas sobre pilares, unindo uma ilha à outra.

A famosa Ponte Rialto, em Veneza, foi construída em 1591
 

O "carro" da Polícia veneziana.

As primeiras pontes feitas de pedra surgiram em 1170, mas até o século XIII a cidade tinha apenas 11 delas. Em 1500, entretanto, já contava com 166.Devido à sua posição geográfica estratégica, Veneza lucrou muito com o comércio entre Oriente e Ocidente, tornando-se, a partir do século XIII, a principal potência comercial da Europa. Mas, com a descoberta, por Vasco da Gama, de outra rota de navegação para as Índias, a cidade começou a perder importância e a sofrer derrotas em seguidas guerras. Em 1797, Veneza acabou sendo conquistada por Napoleão e, em 1866, passou a pertencer ao reino da Itália.
O centro histórico de Veneza ocupa hoje uma área de aproximadamente 7,6 km2 e é formado por 117 ilhas muito próximas, recortadas por 150 canais. Devido aos crescentes custos de moradia, inundações freqüentes e envelhecimento da população, o número de moradores caiu pela metade nos últimos 40 anos - são 62 mil, atualmente. Se continuar nesse ritmo, especialistas estimam que até 2030 Veneza seja uma cidade ocupada exclusivamente por turistas - 50 mil visitam a cidade diariamente

 Veneza tem 409 pontes. A do Rialto, inaugurada em 1591, foi a primeira a transpor o canale grande, que cruza a cidade inteira, e atinge até 106 metros entre uma margem e outra. Atualmente, é proibido construir novas pontes e edificações no centro histórico, para preservar a antiga estrutura da cidade

Quitutes venezianos...não pergunte o nome...hahahahahahahaha



 Embora hoje seja possível cruzar a cidade a pé - carros, bicicletas, skates e afins são proibidos -, os venezianos ainda dependem muito das embarcações como meio de transporte. Além das tradicionais gôndolas, circulam pelos canais barcos particulares a motor ou a remo e o vaporetto, uma espécie de ônibus aquático.



 Enchentes são comuns na cidade, principalmente nos últimos cem anos, em que a cidade afundou quase 23 centímetros: 7,5 cm em função da elevação do nível das águas e mais de 15 cm em razão da compressão natural do solo somada à exploração de poços artesianos. Quando a maré sobe mais de 80 cm, locais mais baixos, como a praça San Marco, alagam.


as passarelas, montadas instantâneamente, com a chegada da água...

Na parte central da cidade, a mais visitada, está a Praça de S. Marcos. A este desta Praça situam-se os dois principais edifícios: a catedral bizantina de S. Marcos e o Palácio Ducal, também conhecido pelo nome de Palácio dos Doges.
A catedral, iniciada no século IX (828), foi reconstruída após o incêndio de 976 e novamente entre 1047 e 1071. O início da construção do palácio data igualmente do século IX (814), mas foi destruído quatro vezes pelo fogo, conduzindo a quatro reconstruções, que acabaram por engrandecer esta construção gótico-renascentista. O lado norte da Praça é ocupado pela Procuratoria Vecchia (1469), e o lado sul pela Procuratoria Nuova (1548), dois exemplares da arquitectura da época renascentista, que, durante a República de Veneza, serviram de residência a nove procuradores ou magistrados, entre os quais normalmente era escolhido o doge (governante) de Veneza. Ao longo destes palácios corre o Atrio ou Fabrica Nuova (1810), arcadas que abrigam os mais elegantes cafés da cidade. Junto do Palácio dos Doges encontram-se duas colunas erigidas em 1180, uma com o leão alado de S. Marcos e outra representando S. Teodoro num crocodilo. Outro edifício simbólico é o campanille de S. Marcos, de 91 metros, construído entre 874 e 1150, e reconstruído depois do colapso em 1902. Nas costas do Palácio dos Doges está situada a Ponte dos Suspiros, um lugar de lendas e histórias de amor, o local por onde passavam os prisioneiros de e para o julgamento. A ponte mais famosa do grande canal é a do Rialto, erigida em 1588. Ao longo deste canal, que representa a principal artéria de Veneza, estão dispostos os edifícios pertencentes às grandes famílias da cidade. A norte, perto do lago, encontra-se a igreja quatrocentista de S. João em Bragora, uma construção gótica utilizada antigamente como igreja funerária dos doges.



Apesar de San Marco ser grátis, outras igrejas famosas cobram uma taxa de entrada. Se você pretende visitar três igrejas ou mais, o melhor é comprar o passe para igrejas. Há também um passe combinado para museus, igrejas e meios de transporte disponíveis apenas no escritório de informação turística, mas é relativamente caro.
 Basílica de São Marcos (Basilica di San Marco). A Basílica de São Marcos está na Piazza San Marco e é um dos destaques de uma visita a Veneza. Tal como acontece com a maioria das igrejas na Itália, você deve estar vestido adequadamente. A visita no interior da basílica dura dez minutos. Esperar a entrada na basílica pode durar até cinco horas e pode ser sábio usar alata.it, para reservar a sua visita gratuitamente.Por pura sorte, eu esperei apenas meia hora. 

interior da catedral Bizantina, belíssima.



E a água continuava, subindo...hahahahahaah

Artesanato veneziano

Hora do "break", para almoço.

O Hotel, no centro Veneza...simpático, 45 euros, diária.

Atualmente o turismo representa a base da sua economia, outrora dominada pelo comércio. Veneza oferece aos seus visitantes, para além da beleza da sua arquitectura e dos seus canais, um vasto conjunto de actividades culturais que incluem festivais de cinema e o Carnaval de Veneza, uma celebração que remonta ao período medieval; a visita às obras dos "três tês" de Veneza, os pintores Tintoretto, Ticiano e Tiepolo; e produtos artesanais de renome internacional como as máscaras de Carnaval inspiradas nas tragicomédias, bem como os famosos vidros provenientes da ilha de Murano. Os principais pontos de interesse turístico desta cidade são os seus palácios, igrejas, museus, e canais; edifícios representativos da arte veneziana patente nas construções e nos elementos decorativos, nomeadamente pictóricos e escultóricos, que vão desde o estilo bizantino ao renascentista.

Gôndolas:


Verdadeiro ex-líbris de Veneza, a gôndola sofreu um longo processo de evolução ao longo dos séculos, tanto na sua estrutura como nos seus acabamentos, acompanhando o desenvolvimento e as transformações da própria cidade. É mencionada pela primeira vez em 1094, num decreto do doge Vitale Falier como gondulam, nome, de origem incerta, que tanto pode ter resultado do termo latino para pequeno barco cymbula, como do diminutivo de concha, cuncula, como ainda das designações gregas para embarcações, como kundy ou kuntòhelas. No entanto, foi entre os fins do século XV e os princípios do século XVI que surgiram as primeiras representações visuais da gôndola pela mão de artistas como Gentile Bellini, Vittore Carpaccio ou Giovanni Mansueti. Neste período, a gôndola não se distinguia muito de outras embarcações a remos de estilo veneziano, mas, em meados do século XVI, a sua função é quase exclusivamente destinada ao transporte privado de pessoas de um certo nível social. O lugar destinado ao gondoleiro é muito reduzido e instável e os passageiros acomodam-se em dois simples bancos de madeira encostados ao "trasto" da popa.

O gondoleiro, solitário...

Os ferros reduzem-se ainda a duas lâminas muito subtis, mas algumas gôndolas apresentam já o felze, uma cobertura que lhes dá uma aparência de carruagem, ao mesmo tempo que protege o seu interior do mau tempo e dos olhares indiscretos. A sua característica cor negra resulta do alcatrão utilizado para uma melhor impermeabilização. Na segunda parte do século XVI, dá-se a primeira transformação significativa da gôndola: mais longa e mais estreita, os ferros da proa e da popa assumem um aspecto particular que confere uma linha nova ao perfil do barco e os pregos que seguram os ferros ao casco tomam a forma de lâminas, numa clara intenção estética.


Luxoooo...adoro, Andrew Hepburn


Feira de artesanato, perto de Rialto


E dá-lhe pizza...amuuuuuuuuuuu
 
Uma das poucas Praças, em Veneza...raridade sobre aguas.
 
 
Há um passe de museus disponível para visitar alguns dos melhores museus de Veneza. Ele não inclui todos eles, mas já vale a pena comprá-lo se você pretende visitar os dois maiores museus em Saint-Marc Square: The Doge's Palace e o Museu Correr.

 
Museu, Leonardo da Vinci, 18 euros , proibido fotografar.

Ruas tranquilas de Veneza

Calzone, queijo com calabreza italiana, hummmmmmmmm

O Carnaval Veneziano:

Hoje celebrado em várias partes do mundo, o Carnaval ou Entrudo, teve a sua origem na Europa, segundo uns nas festas em honra de Baco ou Saturno da Roma antiga, embora outros se inclinem mais para reconhecer a sua raiz nos rituais celtas pagãos que foram posteriormente regulamentados pela Igreja católica.
Do latim levare (retirar) e carne, o Carnaval marcava o fim dos prazeres carnais e era celebrado com comgrande liberdade de costumes, em que se podia comer e beber sem limite, nos três dias anteriores à Quaresma, período de abstinência em que só era permitido comer peixe. O Carnaval de Veneza pode ser considerado o mais importante e famoso de toda a Europa.
 
A sua origem, nos termos em que hoje é conhecido, remonta, segundo se pensa, ao ano de 1162, quando a então designada Repubblica Della Serenissima obteve uma importante vitória na guerra contra Ulrico, o patriarca de Aquileia, que invadiu a cidade enquanto esta estava ocupada a lutar com o Ducado de Pádua e Ferrara. Após a derrota, Ulrico teve de pagar à cidade um touro e doze porcos, que passaram, a partir de então, a fazer parte da tradição da festa da Sexta-feira Gorda, em que o mesmo número de animais era morto na Praça de S. Marcos, numa grande festa que incluía banquetes, danças, espectáculos de acrobacias, truques de magia e marionetas, entre outros.

A especificidade do Carnaval de Veneza nascia assim oficialmente das celebrações desta vitória e, como era hábito na Idade Média, mágicos, charlatães, acrobatas e saltimbancos juntavam-se ao povo, aos mercadores e à nobreza. Veneza, na época ainda uma pequena mas muito poderosa república, tinha uma acentuada característica multicultural, fruto da sua importância como centro mercantil e ponto obrigatório da passagem, tanto no actual território da Itália como nas rotas da China e do Próximo Oriente.

Esta festa continuou por muitos séculos até que no século XVII foi enriquecida em termos de música, cultura e vestuário rico e exótico. As belíssimas máscaras estiveram, durante centenas de anos, associadas à tradição e à fantasia do Carnaval e muitas delas tornaram-se famosas fazendo mesmo parte da "Commedia dell'Arte", um tipo de teatro cómico surgido na segunda metade do século XVI, que se contrapunha ao teatro clássico rígido e formal e que imortalizou personagens como o Arlequim, a Columbina, a Pulcinella, o Doutor ou o Pantalone.

O Carnaval era uma excelente oportunidade para conhecer novos amores e uma das formas de fazer a corte às mulheres; era a prática de atirar ovos perfumados, cheios de água de rosas, às casas das eleitas, mas também aos espectadores, às damas da sua preferência e aos maridos destas. "Mattaccino" era o nome dado às máscaras dos jovens atiradores de ovos, ficando a ser um dos personagens típicos do Carnaval de Veneza. Estes ovos perfumados, que existiam em grande variedade, chegaram a ser grande moda e eram vendidos nas ruas pelos mercadores.
Existem hoje em Veneza cerca de dois mil fabricantes de máscaras, verdadeiras obras de arte feitas de couro, papel mâché, alumínio ou seda. Requintadas, como a maschera noble, ou absurdas, como o taracco da Commedia Dell'Arte, são absolutamente imprescindíveis ao ambiente de ilusão feérica vivido no grande palco de personagens irreais em que Veneza se transforma durante o Carnaval. O entusiasmo e a folia continuam no Carnaval de hoje, grande atracção turística que chama à cidade um sem-número de estrangeiros que nem a inflação dos preços dos hotéis consegue desencorajar. Nas ruas, os trajes e as máscaras continuam exuberantes e magníficos e o auge da festa é atingido no fogo-de-artifício de terça-feira à noite, após o qual os ânimos desmaiam no rescaldo dos despojos do festim que ainda mantém o seu carácter sensual e pagão de celebração da Primavera.

"biscuits" venezianos, delícia...


Despedida de Veneza


Jantar no Hotel, já não aguentava mais comer na rua.

O vaporetto, na Estação Santa Lucia

Veneza é a única cidade do mundo para pedestres, e a ausência de carros faz com que seja uma experiência particularmente agradável. As ilhas Rialtine - a "parte principal" de Veneza - são pequenas o suficiente para andar de um lado para o outro em aproximadamente uma hora.
Se você deseja deslocar um pouco mais rápido, existem inúmeras vaporetti (táxis aquáticos). Ou vaporetto, que seriam os "ônibus", e são geralmente a melhor maneira de dar a volta, pela cidade toda, preço unico 9 euros, uma viagem.. Se você estiver em Veneza por alguns dias, é muito mais barato pegar o vaporetto doque os táxis aquáticos privados. Se você quiser ter um passeio romântico ao longo dos canais, deve fazer um passeio de gôndola. 

Cristais venezianos
 
Foram 3 dias intensos, muita coisa para ver e conhecer. Veneza, é diferente, de tudo que conheci na Europa. Valeu cada minuto e terei ótimas recordações. Voltaria novamente, em boa companhia, é claro, porque é uma cidade romântica e surreal. Dali, saí direto para Milão, onde peguei meu vôo de volta para o Brasil, como vocês ja leram aqui
 
 
Fonte: Wikipédia. 

1 comentários:

Mr. Lemos disse...

Ah, Veneza. Que delícia. Lembro que comi muitos desses pedações enormes de pizza. E tb enchi a cara de vinho direto da garrafa, sentado numa ponte. Muito bom, malandro! abraco