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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Estátuas de Dublin 4, 5 e 6

4) Charles Stewart Parnell (1846 - 1891):

Charles Stewart Parnell foi um político irlandês, representante de seu país no Parlamento em Londres. Suas posições causavam polêmica entre os irlandeses.
De uma família inglesa estabelecida na Irlanda ao tempo de Carlos II. Pelo lado sua sua mãe , era neto do comandante norte-americano Charles Stewart.
Estudou na Universidade de Cambridge. Após uma viagem pelo Estados unidos da América, foi nomeado Xerife do condado de Wicklow, em 1874.
Opondo-se à crescente repressão do movimento feniano, juntou-se a Isaac Butt, dirigente da Amnesty Association e a Home Rule Association, vindo a ser eleito para a câmara dos comuns em 1875, onde passados dois anos se tornou o chefe incontestado do partido irlandês. Líder carismático, dotado de excelentes qualidades oratórias, rapidamente organizou o respectivo partido no parlamento, bem como conseguiu obter apoios financeiros juntos do fenianos norte-americanos. Mobilizou ainda o clero católico e co-organiziou a Liga Agrária da qual foi nomeado o primeiro presidente. Foi novamente eleito em 1880, juntamente com 68 apoiantes da Home rule (governo autónomo para a Irlanda).
Defendeu junto dos agricultores e campesinato a adoção da tática do boicote contra os seus perseguidores, nomeadamente os grandes propriétarios. Tal tática provocou inúmeros atos de violência, mas obteve o mérito de tornar a causa irlandesa politicamente relevante na cena britânica. Foi acusado e absolvido de obstrução.
Foi um feroz opositor à Coertion bill, a qual criava um regime de excepção no que dizia respeito às liberdades cívicas, para toda a Irlanda, tendo sido preso e a liga Agrária dissolvida. Foi solto um ano depois, após negociações que levaram as autoridades britânicas a aceitarem estudar a questão agrária irlandesa em troca dos esforços de Parnell em diminuir a violência que se vinha alastrando.
Foi acusado de adultério em 1890, com a Srª O'Shea, esposa do seu melhor amigo, do qual divorciou e com quem Parnell acabou por casar. Abandonado pelos seus amigos liberais ingleses e pela hierarquia católica irlandesa, viu igualmente a maioria dos deputados irlandeses afastar-se da sua liderança. Nas tentativas e restaurar a unidade descurou os seus problemas de saúde, falecendo repentinamente.


5) James Connolly (1868 - 1916):


Nasceu na Escócia, filho de pais irlandeses, fundou junto com Jim Larkin o Partido Socialista trabalhista. Foi militante ativo na criação do exército civil irlandês.A sua importância teórica, prática e simbólica na configuração do movimento nacionalista irlandês é indiscutível. Mas a sua relevância vai além das fronteiras, chegando a impregnar outros movimentos de libertação nacional que, ao longo do século XX, aplicaram as suas teorias sobre a síntese entre socialismo e independentismo.A Irlanda independente fez de James Connolly um referente patriótico, levantando uma estátua dele na capital, Dublin. Porém, a causa do socialismo como projeto intimamente ligado à independência não chegou a realizar-se na forma como Connolly tinha sonhado.

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6) James Joyce ( 1882 - 1941):

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Nasceu em Dublin. Foi um escritor irlandês expatriado. É amplamente considerado um dos autores de maior relevância do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939).
Embora Joyce tenha vivido fora de seu país natal pela maior parte da vida adulta, suas experiências irlandesas são essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa.Celebra-se anualmente a vida de Joyce no dia 16 de junho, o Bloomsday, em Dublin e num número cada vez maior de cidades ao redor do mundo. Em 2004, a capital irlandesa realizou o festival Bloomsday 100, que durou cinco meses (de abril a agosto) e se propunha a reaproximar a cidade e a obra de seu estimado filho. Um dos maiores eventos foi um café da manhã para milhares de pessoas na O'Connell Street, a principal avenida da cidade.

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